Páginas

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O ABORTO seria falta de educação?

Chego à conclusão de que sou a favor, culpa de quem? Estado, sistema. Como assim? Bem, estava eu fazendo minhas pesquisas, como toda boa estudante que se preze, a respeito do aborto, com fortes valores cristãos e humanistas (amor ao próximo, não violência, caridade, bondade, perdão e compaixão e respeito à vida), havia chegado à conclusão de que eu era contra o aborto. Veja bem, o nosso próprio Ministério da Saúde, publica uma pesquisa, no mínimo questionável, a respeito dos 20 anos de pesquisa sobre o aborto do Brasil e logo no introito afirma com vários argumentos que a pesquisa é relativa quando se trata de diversos pontos, que aqui não entrarei no mérito de expô-los, nessa pesquisa encontro um dado aonde facilmente chego à conclusão de que a questão do aborto não é uma questão de saúde pública! Passa a ser quando a mãe toma remédio indevidamente para abortar, isso ela pode conseguir facilmente no mercado negro, ou até mesmo, do jeito que anda a corrupção, podem conseguir dentro de hospitais. O fato é que a questão do aborto se tornou banal. E mais, mulheres para abortar fazem coisas que “até Deus duvida”, como enfiar agulhas de tricô na própria vagina para estourar a bolsa, entre outros absurdos. Na minha humilde opinião, se o aborto for totalmente legalizado, ai sim, passará a ser questão de saúde pública, é só reparar nos hospitais públicos, pessoas esperam nos corredores por atendimento durante horas, dias, quando finalmente é atendido, o paciente já tem sofrido ou coisa pior já lhe aconteceu, acredito que para uma vida ser plena, ela necessita minimamente de condições básicas de sobrevivência, mas também necessita de uma condição tão importante quando as básicas: dignidade. Eu me pergunto se uma mulher que aborta não poderia ter evitado essa gravidez, já que ela não quer esse filho, por um acaso ela desconhece métodos contraceptivos? E a pílula do dia seguinte que pode ser tomada em até 72 horas após a relação sexual? Esse é o ponto chave que eu quero argumentar e que por muito tempo me deixou inquieta. É que a questão do aborto no Brasil é falta de educação! Pois é, como uma pessoa pobre (sem recursos) que não tem capacidade nem de comprar alimentação adequada, que mora muitas vezes na rua, dependendo dos outros (esmolas) para sobreviver, humilhada muitas vezes pela má aparência, sem qualquer acesso a informação e por muitas vezes viciadas em drogas, tem condições de se prevenir de uma gravidez? Pode até ser que seja ingenuidade minha, mas me passa pela cabeça que uma mulher assim não saiba nem o que está fazendo (digo, na hora do ato sexual). Essa mulher sofrida não tem nem noção de educação. Pra mim é certo que ela tenha o direito de abortar! Melhor do que criar o(s) filho(s) na condição que ela se encontra. Caso aconteça de ela engravidar o que faz o Estado? Vai lá e dá a bolsa família para ela, como se fosse muito dinheiro. A educação publica no nosso país , todos sabem, é uma porcaria! E digo por experiência própria já que estudei em escolas públicas, sei o que ver os professores fingirem que dão conteúdo e ver os alunos fingirem que aprendem. Agora, que legalizem o aborto, mas que não maltratem um bebezinho, digo, se for para abortar que seja logo no início da gestação, que não deixe para abortar quando o feto já estiver grande, que seja antes do cérebro se formar, já que antes disso presume-se morte. Que não seja por meios hediondos, como o aborto salino ou por sucção. Que, pelo menos o Estado tenha a dignidade de educar os jovens (utopia), para que eles se conscientizem da prevenção. E, nesse ponto, gostaria de ressaltar que nenhum método contraceptivo é 100% seguro, então que legalizem o aborto para esses casos, mas que não vão abortar porque se esqueceram desses métodos, matar uma vida é um preço muito alto a se pagar por um esquecimento. (continua)

Nenhum comentário:

Postar um comentário