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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A Doutrina do Choque: A Ascensão do Capitalismo do Desastre - 1/6










O documentário é baseado no livro, de mesmo nome, de Naomi Klein. A doutrina do choque é um conceito que descreve como a exploração social e econômica do sistema capitalista, liberal e sem regulamentação, também chamado de Neoliberalismo, foi utilizado em períodos de mudanças de regimes políticos, catástrofes, guerras e crises financeiras.

Doutrina do Choque - Cobaias Humanas

Na década de 50, o departamento de ciências da CIA desenvolve pesquisas com pacientes internados em determinadas instituições psiquiátricas. Em que se utilizavam drogas e choque elétrico, visando debilitar a pessoa, e introduzir uma nova idéia ou comportamento. Essas pesquisas faziam parte do projeto da CIA de estudo do controle da mente. A CIA elabora um manual chamado KUBARK. Esse manual é conhecido pela relação com o atual programa de tortura desenvolvido e executado pelos Estados Unidos da América na prisão de Guantánamo e em diversos outros locais.

Doutrina do Choque - Sistema Econômico

No período da grande depressão na década de 30, surge no governo de Roosevelt o "New Deal", que é um plano econômico de investimentos públicos, de regulação e reforma de setores da economia por agências estatais. Além de estabelecer direitos trabalhistas, concessão de subsídios e crédito a produtores rurais e incentivo à criação de sindicatos.

Mas esse plano de regulamentação do sistema financeiro não era do consenso de todos os economistas americanos. E no departamento de economia da universidade de Chicago, um grupo de economistas formam uma sociedade chamada Monte Pèlerin, liderados pelo austríaco Friedrich von Hayek e entre seus membros o ganhador do Nobel de Economia Milton Friedman. Eles acreditavam que se o governo parasse de prover serviços e de regular os mercados, a economia se corrigiria sozinha. No governo Nixon, década de 70, e em boa parte do governo Reagan, década de 80, seus ideais se tornaram a doutrina econômica dominante.

Doutrina do Choque - O combate ao inimigo ideológico encobre os interesses econômicos

Após vencer as eleições no Chile, Salvador Allende adota medidas de nacionalização de empresas estrangeiras. Desapropria a empresa de telecomunicações americana ITT, que tentou com o apoio da CIA impedir a eleição de Allende. A CIA passa a organizar o golpe ao governo de Allende, financiando a elaboração de manifestações, e greves na indústria e no comércio para desestabilizar a economia. Dessa forma, com o pretexto de derrubar um governo marxista ou comunista e reestabelecer a ordem pública, o general Pinochet liderando o exército, ataca o palácio presidencial e institui uma ditadura e adota um plano econômico chamado de O Ladrilho. Esse plano foi financiado pela CIA, com o auxílio de um grupo de economistas, chamados pela imprensa internacional da época, os Chicago Boys, provenientes da Universidade de Chicago. Este documento continha os fundamentos do que, depois, viria a ser chamado de neoliberalismo. Ao adotar esse plano, Pinochet eliminou o controle de preços, privatizou empresas estatais, eliminou barreiras de importação e efetuou cortes do gasto público. Essas medidas aumentam a pobreza e as diferenças sociais. Essa estratégia é utilizada na implementação de outras ditaduras ocorridas pelo mundo.
Doutrina do Choque - A vitória justifica as mudanças
Nos primeiros anos de seu mandato como primeira-ministra, o governo de Margaret Thatcher controlou a inflação com a valorização da cotação da libra esterlina. Porém, isso gerou diminuição na produção industrial, o desemprego aumentou e sua popularidade diminuiu. Mas em 1982, com a vitória na guerra das malvinas, Thatcher obteve grande apoio popular, o que permitiu nesse mesmo ano obter a vitória eleitoral. Assim, com o apoio popular que necessitava adotou as políticas neoliberais, e com "mão de ferro" reprimiu manifestações de greves.
Doutrina do Choque - O colapso do comunismo

Mikhail Gorbachev decide reformar o partido comunista, e em 1988 anuncia que a União Soviética abandonava oficialmente a Doutrina Brejnev. Dentre as revoluções que surgiam, a queda do muro de berlim é um marco simbólico do fim da guerra fria. Mesmo após uma tentativa de golpe em agosto de 1991, a democratização da URSS permanece, com Boris Yeltsin no poder e a adoção da política neoliberal, aumentou a desigualdade social, a corrupção e no número de crimes organizados. Essas medidas não agradavam ao parlamento russo, que decide revogar os poderes especiais de Yeltsin. Em resposta, Yeltsin dissolve o parlamento e reprime seus opositores.

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