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quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Encilhamento

Deodoro escolheu Rui Barbosa para comandar o Ministério da Fazenda. O novo ministro adotou medidas de estímulo à industrialização do país.

O governo passou a conceder empréstimos generosos e autorizou os bancos particulares a emitir papel-moeda. Esse dinheiro deveria financiar a criação de novas empresas, principalmente indústrias.

Mudanças na lei brasileira permitiram que as novas empresas lançassem ações na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A venda das ações servia para captar mais dinheiro, viabilizando a instalação de indústrias e serviços.

A grande quantidade de dinheiro em circulação permitiu aos investidores comprar muitas ações. Os preços dispararam, atraindo mais investidores.

Esse movimento ficou conhecido como Encilhamento, em referência ao momento mais nervoso das apostas nos hipódromos, quando se encilham (selam) os cavalos pouco antes das corridas. Dessa maneira, os críticos da política econômica de Rui Barbosa denunciavam a irracionalidade e falta de controle dos investimentos, efetuados como se fossem apostas em cavalos.

Quando o mercado percebeu que muitas empresas eram “fantasmas”, o crédito foi cortado e muitos e todos quiseram vender as ações. Os preços despencaram e a maioria das novas empresas, fictícias e reais, faliu.

O primeiro plano econômico da República foi um fiasco. Rui Barbosa pediu demissão, deixando uma imensa crise econômica.



FONTE: Ser protagonista, História.

Ensino Médio, 3º ano.

Organizadores: Fausto Nogueira e Marcos Capellari.

1ª Edição-2010

Edições SM

São Paulo




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