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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Resuminho do livro: A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO

Baseado na obra de Max Weber é possível perceber que o autor faz uma análise entre a ética protestante e o espírito do capitalismo, ou seja, a relação que a religião tinha na vida secular, enfaticamente em aspectos econômicos. As Igrejas Protestantes no século XVI diferem em aspectos da Igreja Católica, os protestantes começam a dar valor ao trabalho, logo ao lucro. Diante desse novo aspecto de ver a vida, Weber tenta mostrar que há uma relação entre alguns países mais desenvolvidos, e o domínio dessa nova religião. Mas desconsidera que o protestantismo foi o gênese desse espírito capitalista moderno, e que alguns fatos são de origem histórica. Segundo Weber, já havia um espírito pré - capitalista, mas esse não era organizado, contudo existia. As pessoas daquele tempo já haviam se adaptado a esse espírito e iam se aprofundando cada vez mais, não se dando conta do quanto já estavam envolvidas. A religião encarregou-se apenas de organizar o modo de trabalho cotidiano. Quando Lutero introduz a ideia de que toda tarefa era dada por Deus, as pessoas as realizavam como se fosse uma vocação. E assim nasce o método do trabalho regrado, pois tudo tinha a finalidade de agradar somente a Deus, tudo era um dom de Deus. “A vocação para ele era algo aceito como uma ordem divina, à qual cada um deveria adaptar-se’’(WEBER, 2001, p. 46). Para Weber, Lutero tinha uma doutrina pura e ética. E há um fato que comprova que o único objetivo de Lutero era com Deus e com a salvação, de acordo com Weber, o resultado da reforma foi imprevisível e até mesmo indesejável, muitas vezes oposto até ao pensamento dos próprios reformadores. João Calvino pode ter ido um pouco mais além de Lutero, apesar de seguir aspectos da doutrina Luterana. Calvino valorizava o trabalho e o lucro, pode-se dizer que traz um espírito capitalista, porém esse lucro não se transformava em investimento, que é como funciona o capitalismo moderno. Segundo Weber, Calvino apenas trabalhava para guardar o dinheiro, não o gastava com coisas mundanas, e por isso ficava cada vez mais rico. De acordo com Weber: ’’A relação do calvinista com Deus era realizada em seu profundo isolamento’’(p. 59). O calvinista condenava que um homem poderia livra-lo dos seus maus atos, apenas Deus poderia fazer isso. Para os calvinistas o mundo servia apenas para glorificar Deus, nada era em benefício da carne. A predestinação era o ponto central do Calvinismo, cada um nasce determinado para efetuar tal atarefa. Segundo Weber, o Calvinismo trouxe um ponto positivo: a ideia de necessidade de se provar a fé de cada um na atividade secular. Diante de tantos aspectos ligados como: fé, trabalho, lucro e capitalismo. Weber deixa bem claro que o capitalismo moderno não é resultado da reforma, e que o espírito que se desenvolvera durante a reforma difere em todo do espírito capitalista moderno. A reforma pode apenas ter incentivado esse espírito, mas seu objetivo não era com o terreno, e sim com Deus, o que não ocorre hoje com o capitalismo contemporâneo que é independente de qualquer método religioso. O que Weber realmente tenta nos mostrar era como uma religião podia influenciar em uma cultura secular.

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